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Mostrando postagens de dezembro, 2014

MENSAGEM DE NATAL 2014

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Saudações literárias e natalinas!!! E que 2015 traga ótimas leituras, para que a gente possa se emocionar, rir  muito, pular de alegria, dançar nas ondas da imaginação, refletir, viajar, voar, crescer e evoluir através do mágico caminho da literatura! Produzir, deixar nossa marca no mundo, Viver intensamente, enfim! Muita Luz! BOAS FESTAS!!!

CRÔNICA - A magia de Papai Noel

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Era véspera de Natal. Eu tinha contado os dias para a chegada daquele momento. As luzes da grande árvore já estavam acesas e as bolas coloridas me fascinavam. A família estava toda reunida na sala, menos o pai Almerindo, que tinha saído e não chegou a tempo de ver a entrega dos presentes. A campainha tocou e o Papai Noel entrou no nosso apartamento, com a máscara de pano, a roupa vermelha, a barba de algodão e as luvas brancas, que pareciam engomadas. Eu nunca esqueci daquela noite! Sentia um misto de fascínio e temor, ao mesmo tempo, por aquela figura que chegou com o saco de presentes. Eu contava apenas seis anos, e tentava descobrir quem poderia ser por trás daquela máscara rosada. Meu irmão Renato (In memoriam), geralmente quieto e calado, também entrou no clima natalino, em que tudo é possível e todos se aproximam, sem diferenças. Papai Noel sorria, uma risada engraçada. Ele perguntava como eu estava, se tinha sido boazinha o ano todo, essas coisas... Falava com carinho,

CONTO - O sarcófago do faraó

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O calendário marcava 22 de novembro de 1922. A construção mortuária de pedra tinha dimensão menor, comparada às outras, dada a origem nobre de quem foi sepultado ali. Nem acreditava que finalmente encontrara a pirâmide que tanto procurava! Sentia que estava vivendo um momento histórico, único, que o tornaria famoso nos cinco continentes. O corredor era escuro, fracamente iluminado pelo tênue feixe de luz que saía da sua lanterna. Fez questão de entrar sozinho, para usufruir vaidosa e egoisticamente aquele momento. O voo desconexo dos morcegos e o som que emitiam não o perturbaram. Ao contrário, entendia que a presença desses mamíferos negros era a prova cabal de que aquele lugar se mantivera intacto, por séculos e séculos... O portal do mausoléu trazia hieróglifos que pareciam saudar os visitantes. – Com certeza é uma mensagem de boas vindas, pensou Howard Carter, que não tardou a encontrar o sarcófago de Tutankhamon, o jovem faraó que morreu prematuramente, aos 19 anos,

REFLEXÃO DO DIA: A vida não é feita de flores

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"Sim, a Vida não é feita de flores... Mas também não traz só espinhos... É preciso equilibrar a balança dos nossos dias, buscar o equilíbrio, ainda que em dias desequilibrados, ainda que em dias conturbados... Buscar o centro de nós mesmos, o recolhimento, a introspecção, a reflexão, toda a vez que for necessário. Mas sem nunca deixar de acreditar na nossa força interior. E por mais que a Vida nos passe rasteiras, e nos tire do eixo muitas vezes, que as decepções e as pressões sejam muitas, que a dor muitas vezes corte a carne como um punhal, acreditar e seguir em frente, sempre! Sim, a Vida não é feita de flores... Mas também não traz só espinhos..." Sônia Pillon

CONTO - O dia em que Peter Pan deixou a Terra do Nunca

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O mar estava agitado, e o navio-pirata do capitão Gancho parecia uma casca de noz, de tanto que era sacudido pelas ondas bravias. O comandante da embarcação, que causava pavor até entre a marujada, não somente pelo seu temperamento colérico, mas também pelo enorme gancho de ferro que substituía um dos braços, praguejava sem parar. Seus olhos disparavam chispas de ódio. A tripulação estava assustada. Impossível prever o que o capitão iria fazer, e isso era o que mais preocupava a tripulação. - Assim não vou conseguir capturar o Peter Pan, aquele menino insolente! – gritava o capitão, trincando os dentes. Mas Peter Pan nem ligava. Definitivamente, “o menino que não queria crescer”, líder dos Meninos Perdidos, tinha as suas ordens para ordenar e suas brincadeiras para brincar... Na Terra do Nunca, onde ele e os amigos se refugiaram das responsabilidades e compromissos do mundo real, Peter Pan reinava absoluto! Na Terra do Nunca, que era o sonho de muitas crianças, não haviam

CONTO - Em tempo de piratas

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“Renda-se ou morra!”. A temível bandeira com a caveira e as duas espadas cruzadas tinha um recado claro e direto às embarcações que navegavam pelo Mar do Caribe. E a chegada do navio pirata comandado por John Terrible sempre causava pânico. Relativamente magro e de estatura mediana, John Terrible tinha cabelos longos e negros, presos em um rabo-de-cavalo, uma barba comprida e aparada, e grandes olhos castanhos. O terrível pirata caribenho era reconhecidamente vaidoso, tanto que surrupiava os trajes dos nobres quando invadia os seus barcos. Para os padrões do século 18, era considerado um homem bonito e atraente, e fazia muito sucesso nas tavernas dos portos por onde atracava, seja para se abastecer de provisões, ou promover seus “negócios”. Astuto, tinha um olhar frio e penetrante. Implacável tanto com a marujada, como com seus inimigos. Nos saques que realizava, principalmente nos navios espanhóis, franceses e ingleses, além de ouro, prata e jóias, costumava raptar as mulheres das qua

Crônica - DEZEMBRO VERMELHO

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Calma, leitor! Não se trata de um filme de guerra, de um clássico de terror, nem de uma manchete sensacionalista de jornal (daquelas que, se torcer, sai sangue)... Também não se trata da tradicional roupa do bonachão velhinho que toca a sineta, entra pela chaminé e entrega presentes aos meninos e meninas bem comportados, na véspera da maior festa cristã comemorada em grande parte do planeta. Apesar de estarmos no mês do Ho Ho Ho e da época em que as contas bancárias costumam acabar no vermelho... A cor escarlate, que muitos também associam à cor da paixão, tem aqui outro significado. O vermelho a que me refiro está relacionado à fita-símbolo da campanha de prevenção à Aids, numa época em que as pessoas deixaram de se preocupar com a doença. Sim, porque apesar de ter surgido no final da década de 1980 e ainda ser incurável, as estatísticas comprovam que muitos deixaram de se precaver desde o surgimento do “coquetel” medicamentoso, distribuído gratuitamente nas unidades de saúde. Is