“Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás.” O microconto de Cíntia Moscovich sintetiza a comoção que tomou conta de Santa Catarina e do mundo desde a terça-feira, com a morte prematura do surfista Ricardinho, aos 24 anos de idade. Bastaram dois tiros, um deles pelas costas e outro que atravessou vários órgãos internos, para ceifar brutalmente a vida de Ricardo dos Santos. Mais uma vez, a intolerância se sobrepôs à razão e ao bom senso, e uma discussão banal resultou em uma tragédia. Até quando assistiremos esse tipo de barbárie?! Os que conheceram Ricardinho são unânimes em afirmar que ele não merecia esse fim. Do olimpo do surf profissional, estrelas como Kelly Slatter e o brasileiro Gabriel Medina, atual campeão mundial, não pouparam elogios ao catarinense apaixonado pelas ondas gigantes. “Moleque gente boa”, “do bem”, “alegre, de bom coração e de bem com a vida” são algumas das referências carinhosas feitas ao atleta das águas, que essa semana foi homenageado n...