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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Bom dia!!! Edição de hoje, 27 de fevereiro de 2015, do Jornal do Vale do Itapocu, traz o meu conto "De volta do Velho Oeste".

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Conto - De volta ao Velho Oeste

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Deitado no divã do terapeuta, Rodrigo se preparava para uma sessão de regressão de memória. Executivo de uma grande empresa, ele era apontado por todos do seu meio como um homem bem sucedido, invejado até. Mas os pesadelos e a sua dificuldade de lidar com as pessoas o causavam dificuldades na  vida pessoal, no convívio com a mulher e os filhos. Era respeitado e temido ao mesmo tempo. E foi justamente por  sentir o afastamento das pessoas que mais amava que decidiu buscar ajuda. Enquanto fechava os olhos, lembrou das lágrimas que já havia provocado com sua rudeza e falta de tato. Queria demonstrar seus sentimentos, pedir perdão por suas grosserias, mas o orgulho o impedia. Foram muitos os tratamentos indicados até chegar ali. Sentia cansaço no corpo e na alma. “Procure relaxar. Imagine que está em um lugar com árvores, grama, flores, pássaros...” E foi o que Rodrigo fez. Procurou lembrar imagens lúdicas da infância distante e relaxou profundamente. De repente, o cená

Publicação na página 2 do Jornal do Vale do Itapocu de quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015, na minha coluna "No Mundo da Lua", com a crônica "Sim, nós temos carnaval em Jaraguá do Sul"

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Crônica - Sim, nós temos carnaval em Jaraguá do Sul!

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O sábado de carnaval amanheceu chuvoso. A expectativa dos que lutam para manter viva a tradição da festa mais popular do Brasil era grande. Muitos acreditavam que o desfile da Avenida Walter Marquardt não sairia, apesar da garantia da Fundação Cultural de que a Folia de Momo seria mantida. Considerando que muitos foliões e parte do público residem longe do local do desfile, e que dependem de transporte público, a preocupação era justificada. E eu, que tive a grata surpresa de ter sido convidada a desfilar no bloco "Convidados do Movimento da Consciência Negra do Vale do Itapocu (Moconevi)", estava nervosa, na maior expectativa, com a certeza de que seria um momento marcante da minha vida. E foi! Conheço os fundadores do Moconevi desde o início, em 5 de agosto de 2001.  Acompanhei a trajetória do movimento e dos integrantes em suas árduas batalhas pela conquista gradativa de espaço social e respeito da comunidade, como jornalista e cidadã. Nunca me esqueço de

Página 2 da edição de hoje do Jornal do Vale do Itapocu, 13 de fevereiro de 2015, traz a minha coluna No Mundo da Lua, com o conto "Alice no País da Sedução".

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Conto - Alice no País da Sedução

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O salão do clube estava iluminado e enfeitado com muito brilho, lotado de foliões. A decoração trazia rostos fosforescentes, de palhaços, baianas, piratas, colombinas e pierrôs, contornados com fitas e adornos de múltiplas cores. Cavalheiros e damas se movimentavam ao som da orquestra, que tocava marchinhas carnavalescas, maxixes e clássicos do samba em seus primórdios. Estavam vestidos com muito lamê, rendas e brocados, plumas e paetês. As mulheres usavam jóias, muitas jóias... “Quanto riso, oh quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão... ♫” Era uma festa ambientada para reviver os antigos carnavais da alta sociedade carioca. Tudo ali conduzia ao contentamento, e Alice, que recém havia escapado do País das Maravilhas, surgiu ali, naquela terra estranha, exótica, absolutamente original. Nunca tinha imaginado, muito menos visto nada parecido. Por isso permaneceu parada, observando d i scretamente, em dúvida se deveria entrar no salão, ou continuar espiando de fora. Nã

Edição de fevereiro de 2015 da revista Dom 7, de Jaraguá do Sul, traz uma reportagem Perfil produzida pela colega jornalista Fran Buzzi. Gratidão!

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...E o Brasil foi (re)descoberto

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Comandar 13 caravelas com 1.500 homens não tem sido uma tarefa fácil. Nove naus, três caravelas e uma naveta com mantimentos! Enfrentar águas bravias por mares nunca dantes navegados é um desafio descomunal até para um almirante como eu, Pedro Álvares Cabral, que sempre fui tão leal à Coroa Portuguesa. Mas enfrentar as intempéries em alto mar, as superstições, as doenças repentinas e a insubordinação da marujada com pulso firme tem exigido muito de mim, nos últimos meses. Tenho pouco mais de 30 anos e me sinto como se tivesse carregando o reino de Portugal nas costas, tal é a responsabilidade que o rei, dom Manoel, me colocou de recuperar os cofres lusitanos... - Terra à vista!, grita o marinheiro do alto da embarcação. Já não era sem tempo! Já não aguentava mais olhar esse mar sem fim, que já estava enlouquecendo essa tripulação de proscritos. Hoje é 22 de abril de 1500 e essa data vai entrar para a História!   Mas que terra é essa, de águas límpidas e vegetação tão abundan