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Mostrando postagens de junho, 2015

POEMA - O altar de Bhudda

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Solitude do piano da sala de estar. Piano de bambu. Sereno que traz o olor da chuva miúda. Cântaro quebra com o vento. Conjuro de lúmen. Imã atrai a carpa. Porcelana chinesa adorna o altar de Bhudda.

O jornal Notícias do Dia - ND Joinville de hoje, 15 de junho de 2015, traz o meu conto "As mais preciosas flores do reino".

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CONTO - Onde estão as flores da dona Vicentina?

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A minha melhor amiga sempre foi a Afonsina, que estudava na mesma escola, só que um ano na frente. Era o início dos anos 50 e a cidade era bem mais pacata do que hoje. Sim, porque naquela época, com essa idade, ainda brincávamos de bonecas! Bons tempos... A Afonsina ficou órfã muito cedo e foi criada pela avó Vicentina, que tinha múltiplos talentos. Era uma típica senhora “prendada”, como se dizia na época. Ela dava um show na cozinha, fazia doces e compotas caseiras como ninguém e ainda era exímia no tricô, crochê e bordado... Porém, o que mais causava admiração pela dona Vicentina, além dos limites do portão, eram as orquídeas que cultivava... mais do que as rosas, que além de adornar o jardim, tinham o poder de atrair abelhas e borboletas. Ah, e cigarras também! Por sinal, a Afonsina sempre contava que, quando o sol da manhã irradiava luz, não raro assanhava as cigarras, que vinham cantar na sua janela. Faziam o papel de despertador ecológico, só que com um toque poétic...