“Ser, ou não ser, eis a questão.” A célebre frase do príncipe Hamlet da Dinamarca na peça teatral que leva seu nome é possivelmente a mais conhecida quando se trata do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare, que nasceu em 23 de abril de 1564 e morreu em 23 de abril de 1616, aos 52 anos, em Stratford-upon-Avon. O poeta nacional da Inglaterra, orgulhosamente chamado de “Bardo do Avon”, mundialmente famoso também por outras peças, como Romeu e Julieta, A Tempestade, Macbeth e Sonhos de uma noite de verão, este mês é especialmente celebrado por seus 450 anos de nascimento. E enquanto artistas e admiradores das artes cênicas repercutem o incomensurável legado atemporal deixado por Shakespeare à dramaturgia ocidental – que retrata as paixões, ambições e o lado obscuro do ser humano – há os que contestem a autoria de suas obras. Os mistérios relacionados à vida e à obra do mais celebrado bardo do Reino Unido são levantados pelo escritor norte-americano James Shapiro. “Q...
Deitado no divã do terapeuta, Rodrigo se preparava para uma sessão de regressão de memória. Executivo de uma grande empresa, ele era apontado por todos do seu meio como um homem bem sucedido, invejado até. Mas os pesadelos e a sua dificuldade de lidar com as pessoas o causavam dificuldades na vida pessoal, no convívio com a mulher e os filhos. Era respeitado e temido ao mesmo tempo. E foi justamente por sentir o afastamento das pessoas que mais amava que decidiu buscar ajuda. Enquanto fechava os olhos, lembrou das lágrimas que já havia provocado com sua rudeza e falta de tato. Queria demonstrar seus sentimentos, pedir perdão por suas grosserias, mas o orgulho o impedia. Foram muitos os tratamentos indicados até chegar ali. Sentia cansaço no corpo e na alma. “Procure relaxar. Imagine que está em um lugar com árvores, grama, flores, pássaros...” E foi o que Rodrigo fez. Procurou lembrar imagens lúdicas da infância distante e relaxou profundamente. De repent...
MOCHILÃO MERCOSUL Bienvenida a Uruguay , 30 anos depois O relógio marcava em torno de sete horas quando o ônibus fretado pela agência de “aventurismo” de Porto Alegre adentrou no território uruguaio, na ensolarada manhã de 5 de setembro de 2015. Eu estava chochilando na segunda fila do andar de cima do veículo quando abri os olhos e comecei a ver a planície do pampa uruguaio. Nas haciendas (fazendas), várias cabeças de gado bovino se mantinham espalhadas pelo pasto. Parte da grama se encontrava seca, castigada pelas sucessivas geadas. À medida que o sol começa a ficar mais forte e o veículo avança, matas de eucaliptos se tornam mais visíveis e o número de outdoors à margem da rodovia vai aumentando. Inevitavelmente, fico procurando semelhanças e diferenças com o Uruguai que encontrei pela primeira vez, há exatos 30 anos, quando viajei ao vizinho país ao lado de minha mãe. Lembro que naquela ocasião, me chamou a atenção o número de carros antigos (para não dizer sucateados...
Comentários
Postar um comentário