Gatos e humanos
Existem
muitos mitos relacionados aos felinos. Por conta de ideias trazidas no
inconsciente coletivo, que remontam à Idade Média, a chamada “Idade das
Trevas”, os gatos passaram a ser associados às bruxas e seus feitiços,
apontados como criaturas maléficas e traiçoeiras.
E
por mais que séculos tenham se passado e já estejamos em pleno século 21, ainda
é comum ver pessoas declararem que que não suportam sua presença e até que odeiam
os bichanos. Nos casos mais extremos, torturam e matam. Há os que nem sequer os
dão o direito de viver, os condenando à morte por afogamento, tão logo são
paridos...
Os
intolerantes alegam que eles soltam pelos, que arranham e destroem móveis,
roupas, utensílios... Outros justificam o não gostar porque eles seriam
egoístas e se apegariam mais às casas e ao conforto que desfrutam, do que aos
próprios donos...
As
estórias infantis, os quadrinhos e os desenhos sempre foram pródigos em
apresentar personagens sádicos, como “Tom” (Tom & Jerry), “Garfield”,
preguiçoso e egocêntrico, “Manda-chuva”, que comandava uma gangue de gatos de
rua, e o arteiro “Gato Félix”...
Mas,
para os que conhecem de perto esses animais lindos e de pelagem brilhante,
sabem que eles podem não ser espalhafatosos em suas demonstrações de afeto,
como os cães, mas nem por isso são menos afetuosos.
Um gato que é acolhido,
alimentado, bem cuidado e tratado com carinho por seu dono (a) sabe, sim,
retribuir a atenção de forma profunda e leal. Mas, se for tratado com
hostilidade, agirá em defesa própria, seguindo a lei da sobrevivência...
É
certo que eles se “adonam” da casa, se esparramam por todo o canto, são altivos
e têm personalidade. Na verdade, em alguns casos, eles parecem agir como se
fossem os donos e “permitissem” que os humanos ocupassem o espaço... Mas,
pensando bem, para os que amam gatos e respeitam sua personalidade, essas
características importam muito pouco, pelo bem que a sua presença faz na vida
de seu dono (a).
Fatores
como beleza, faixa etária ou recursos financeiros do dono não são levados em
consideração por eles, que amam incondicionalmente os que entendem seu jeito de
ser.
Os
gatos eram venerados no Antigo Egito, e muitos acreditam que eles são
profundamente sensitivos e sensíveis, atuando como “filtros” das energias
negativas no habitat que dividem com
os humanos. Nos casos mais extremos, há os que afirmam que eles podem até
adoecer seriamente por serem tão protetores.
Por
todos esses fatores, mesmo que você não morra de amores por gatos, pelos menos
os respeite. Eles têm o direito de serem tratados com dignidade, até porque
maltratar animais é crime e um ato que não se pode tolerar em seres que se
dizem “humanos”.
* Na foto ilustrativa está a minha gata de estimação, Flor de Lótus, em momento vigilante com a movimentação dos passarinhos lá fora...
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