O salão do clube estava iluminado e enfeitado com muito brilho, lotado de foliões. A decoração trazia rostos fosforescentes, de palhaços, baianas, piratas, colombinas e pierrôs, contornados com fitas e adornos de múltiplas cores. Cavalheiros e damas se movimentavam ao som da orquestra, que tocava marchinhas carnavalescas, maxixes e clássicos do samba em seus primórdios. Estavam vestidos com muito lamê, rendas e brocados, plumas e paetês. As mulheres usavam jóias, muitas jóias... “Quanto riso, oh quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão... ♫” Era uma festa ambientada para reviver os antigos carnavais da alta sociedade carioca. Tudo ali conduzia ao contentamento, e Alice, que recém havia escapado do País das Maravilhas, surgiu ali, naquela terra estranha, exótica, absolutamente original. Nunca tinha imaginado, muito menos visto nada parecido. Por isso permaneceu parada, observando d i scretamente, em dúvida se deveria entrar no salão, ou continuar espiando de fora. Nã...